O mundo das tatuagens é bastante estudado em diversas áreas
do conhecimento, a exemplo da sociologia, da antropologia, da psicologia, da
enfermagem e da medicina. Tais estudos trazem a tatuagem como objeto principal
de pesquisas relacionadas a atitudes, valores, comportamentos, promoção de
saúde, gênero, cultura, religião, beleza, dentre outros.
A partir de diversas pesquisas, pudemos realizar um
levantamento de artigos científicos interessantes e notáveis, e gostaríamos de
compartilhar com os leitores deste blog.
Assim, lançaremos uma coluna fixa no blog, intitulada “Tatuagem
como objeto de estudo” onde estaremos postando frequentemente estes artigos
científicos que estudam o mundo da tatuagem sob diversos olhares.
Para dar início à coluna, escolhemos o artigo
intitulado “Técnica simples e segura para a reconstrução areolopapilar com
tatuagem intradérmica” de Pessoa, Matos, Dias, Pessoa e Alencar.
O artigo, publicado em 2012 na Revista Brasileira de
Cirurgia Plástica, traz a tatuagem como uma técnica usada para a reconstrução
do mamilo em pacientes mastectomizadas. Os autores defendem as vantagens da tatuagem
areolar, que não requer internamento nem resulta em morbidade de áreas doadoras,
como acontece com outras técnicas. Assim, o artigo descreve os passos para a
realização do procedimento reparador utilizando um equipamento convencional de
tatuagem artística. Ou seja, a maquininha de tattoo que vocês tatuados já
conhecem bem.
O procedimento foi realizado em 10 pacientes submetidas a
reconstrução mamária pós-mastectomia e demonstrou ser seguro, rápido, com baixa
morbidade, baixa taxa de complicações, baixo custo e bons resultados na
finalização da reconstrução mamária.
De acordo com os autores:
“A técnica da tatuagem requer treino e experiência para a
obtenção de bons resultados. A profundidade do pigmento na pele é um parâmetro
importante, pois os pigmentos superficiais são perdidos com a descamação da
epiderme e os mais profundos são carregados pelos vasos linfáticos, ambas as
situações causando desbotamento da tatuagem. Deve instruir a paciente a não
retirar as crostas, pois pode remover junto os pigmentos do local” (p. 419).
Atenção! Isto que eles disseram não é apenas indicação para
as pacientes da pesquisa, mas é válido para todos vocês que querem se tatuar!
Um tatuador profissional saberá pigmentar a pele na profundidade certa e é por
isso que você deve escolher bem seu tatuador.
Para quem quiser, pode baixar o artigo inteiro AQUI, nele
também constam fotos dos resultados da pesquisa, vale a pena dar uma olhada!
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