quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tatuagem como objeto de estudo (Parte 1)


O mundo das tatuagens é bastante estudado em diversas áreas do conhecimento, a exemplo da sociologia, da antropologia, da psicologia, da enfermagem e da medicina. Tais estudos trazem a tatuagem como objeto principal de pesquisas relacionadas a atitudes, valores, comportamentos, promoção de saúde, gênero, cultura, religião, beleza, dentre outros.

A partir de diversas pesquisas, pudemos realizar um levantamento de artigos científicos interessantes e notáveis, e gostaríamos de compartilhar com os leitores deste blog.

Assim, lançaremos uma coluna fixa no blog, intitulada “Tatuagem como objeto de estudo” onde estaremos postando frequentemente estes artigos científicos que estudam o mundo da tatuagem sob diversos olhares.

Para dar início à coluna, escolhemos o artigo intitulado “Técnica simples e segura para a reconstrução areolopapilar com tatuagem intradérmica” de Pessoa, Matos, Dias, Pessoa e Alencar.


O artigo, publicado em 2012 na Revista Brasileira de Cirurgia Plástica, traz a tatuagem como uma técnica usada para a reconstrução do mamilo em pacientes mastectomizadas. Os autores defendem as vantagens da tatuagem areolar, que não requer internamento nem resulta em morbidade de áreas doadoras, como acontece com outras técnicas. Assim, o artigo descreve os passos para a realização do procedimento reparador utilizando um equipamento convencional de tatuagem artística. Ou seja, a maquininha de tattoo que vocês tatuados já conhecem bem.

O procedimento foi realizado em 10 pacientes submetidas a reconstrução mamária pós-mastectomia e demonstrou ser seguro, rápido, com baixa morbidade, baixa taxa de complicações, baixo custo e bons resultados na finalização da reconstrução mamária.

De acordo com os autores:
“A técnica da tatuagem requer treino e experiência para a obtenção de bons resultados. A profundidade do pigmento na pele é um parâmetro importante, pois os pigmentos superficiais são perdidos com a descamação da epiderme e os mais profundos são carregados pelos vasos linfáticos, ambas as situações causando desbotamento da tatuagem. Deve instruir a paciente a não retirar as crostas, pois pode remover junto os pigmentos do local” (p. 419).

Atenção! Isto que eles disseram não é apenas indicação para as pacientes da pesquisa, mas é válido para todos vocês que querem se tatuar! Um tatuador profissional saberá pigmentar a pele na profundidade certa e é por isso que você deve escolher bem seu tatuador.

Para quem quiser, pode baixar o artigo inteiro AQUI, nele também constam fotos dos resultados da pesquisa, vale a pena dar uma olhada!

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